terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Trotes

Você sabe que eu sou chato. Eu não vou muito em festas, baladas e nunca fui numa cervejada da Metodista. Aliás, como bem diz a minha amiga Marina, se alguém peida já é motivo pra cervejada, se alguém tropeça já é motivo pra cervejada. Pode ser que eu não saiba mesmo o que eu estou perdendo, mas o fato é que eu sou um rabugento que só sai mesmo pra beber em bares e destruir os ouvidos alheios no karaokê da gloriosa Chopperia Intercontinental.

Isto posto, vamos ao que interessa.

Eu já ouvi pelo menos Globo, Band, Record, BandNews FM, Jovem Pan e até a ESPN Brasil fazendo quase que uma campanha contra os trotes universitários. E cito apenas os veículos que eu efetivamente vi comentando os fatos. Deve ter havido mais, muito mais.

É fato incontestável que queimaduras, esterco, animais mortos e atropelamentos não são nada interessantes. Ao contrário. São crimes. A humilhação deve estar bem longe das universidades.

Eu me lembro do meu trote. Não gostei pois fiquei de "bicho-sacola", ou seja, fiquei carregando uma saco preto cheio de sapatos de um monte de gente. Não recebi a interação e nem fiz amizades como havia sido prometido pois tive que carregar aquele maldito saco. Tanto não gostei que nem fui esse ano receber os bixos.

No entanto, eu não posso negar que a atmosfera não era nem de longe parecida com a zona de guerra que foi pintado por aí. Havia bebida? Sim. Havia. Mas em momento algum eu percebi ou ouvi falar de abusos. Pelo menos não na minha universidade e acredito que deva ser esse o caso em outras instituições. O trote é na maioria dos casos, não no meu, uma ferramenta que integra e aproxima os alunos de fato. E generalizar a situação é culpar um taco de beisebol por uma porrada na cabeça de alguém e não a pessoa que efetivamente bateu.

No mais fica esse texto do Blog dos Alunos da Metô que sintetiza bem essa situação.

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