terça-feira, 15 de março de 2011

O imponderável e o vento

Ouço dizer no rádio que o vento é um fator muito importante a ser considerado nessa crise do Japão que se sucede. Que é o elemento controlado por Éolo poderia carregar a radioatividade pelo Pacífico até as praias do Chile e da costa oeste dos Estados Unidos e mais além até. Poderia chegar às nossas pradarias brasileiras.

Imediatamente me veio à mente um trecho de Watchmen. É quando o presidente Nixon pensa sobre o impacto que as armas atômicas russas fariam em território americano antes de um contra-ataque. Elas atingiram a costa leste inteira, mas o fator determinante para a sobrevivência americana seria o vento. Ele espalharia ou não a radiação para o cinturão agrícola ianque e decidiria se os americanos morreriam ou não de fome.

O destino está nas mãos do imponderável. Na ficção e na realidade. Na verdade, eu não tenho a menor ideia de como essa "poeira atômica" vai se espalhar pelo mundo. Se isso vai afetar gente do outro lado do mundo de onde as explosões de Fukushima acontecem. Tomara que não acontece nada e que o sofrimento dos japoneses seja o menor possível.

Mas a gente fica nas mãos do imprevisível. Ou do imparável. Alguns vêem a mão de Deus em meio às tragédias naturais. Eu sou ateu, escolhi por não acreditar no que não existe. Mas é da natureza humana querer controlar a tudo. Parece que certas coisas, no entanto, estão fadadas a permanecerem incontroláveis e a unica coisa que podemos fazer e nos adaptarmos. Ou perecermos.


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